"Todos os meus versos são um apaixonado desejo de ver claro mesmo nos labirintos da noite."
Eugénio de Andrade

sábado, 14 de agosto de 2010

No fundo das cinzas



No Fundo das cinzas
Do meu ser
repousam
minhas desfeitas quimeras
Lanço-as ao vento
Para não mais as ver
E de novo construo
Meu viver...

Para não mais as ver
Lanço-as ao vento...
Das cinzas renasço
Armada para outras esperas...
De novas asas
Apetrechada,
Novos voos tento,
Imbuída
De fé e de esperança
Que me dão novo fulgor,
Novo alento...

E por mais mares
Encapelados
Por mais tormentas
No caminho,
Há sempre a calmaria
À minha espera,
Há sempre
À minha espera,
O meu ninho...

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