"Todos os meus versos são um apaixonado desejo de ver claro mesmo nos labirintos da noite."
Eugénio de Andrade

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Madame Buterfly



Ópera em 3 actos, de Puccini, com libretto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado numa história escrita pelo americano Luther Long. Esta ópera estreou no Scalla de Milão, a 17 de Fevereiro de 1904.
A história de madame Buterfly tem um fundo verídico e surge na sequência do hábito adquirido pelos oficiais americanos de contraírem casamentos temporários com jovens japonesas, aquando das expedições de reconhecimento ordenadas pelo presidente americano ao Japão— território que na altura (1870) estava quase isolado do mundo — com o objectivo de estabelecerem relações de amizade e comerciais. Esta é uma história de amor e sangue, e, provavelmente, pretendia chamar a atenção para as consequências funestas destes enlaces, que eram de fachada apenas para os oficiais americanos.
Pinkerton, jovem oficial da marinha americana, em serviço em Nagasaki, faz um negócio extraordinário: adquire uma casa na colina com vista para o mar, e o direito de posse da gueixa Cio-Cio-San, ( Buterfly ), a qual virá viver naquela casa, acompanhada pela sua aia. É, no entanto, necessário encenar uma cerimónia de casamento, situação que a Pinkerton não causa qualquer constrangimento. Buterfly tem apenas quinze anos, mas aguarda ansiosamente pelo seu casamento com o oficial americano, plenamente convencida da veracidade deste enlace. Como prova do seu amor, Buterfly renuncia à fé dos seus antepassados, e adopta a religião de Pinkerton. Na cerimónia do casamento, um tio da jovem, que fora contra esta união, lança uma maldição sobre a sobrinha, que chora, desgostosa, pelo que é consolada pelo marido.
Depois de algum tempo de idílio amoroso, Pinkerton regressa aos Estados Unidos, com a promessa de regresso. Depois de três anos, Buterfly chora de saudade, aguardando ansiosamente pelo seu amor, sem saber que ele contraíra casamento no seu país com uma americana. Entretanto recusa as insistentes propostas de casamento do príncipe Yamadori, lembrando-lhe que já é casada e tem um filho, cuja existência Pinkerton desconhece. As manifestações de saudade, de carinho e de fidelidade, durante a ausência de Pinkerton, não deixam dúvida quanto aos sentimentos de Buterfly pelo seu amado.
Um dia Buterfly avista o navio de Pinkerton, que se aproxima do porto. A sua alegria não tem limites. Apresta-se a decorar a casa com flores, para receber condignamente o seu amado. Nessa noite não consegue dormir de ansiedade.
Quando Pinkerton chega, é recebido pela aia, que lhe dá conta das saudades da sua ama. Ao ver a mulher que acompanha o patrão, imediatamente se apercebe da situação, e teme pelo sofrimento da sua senhora. Tomado pelo remorso, Pinkerton abandona a casa. Buterfly acorre à sala, mas, em vez do marido, encontra uma estrangeira desconhecida, na companhia da sua aia. Esta mulher pede-lhe que lhe entregue a criança, que será educada por ela como se fosse sua. Buterfly concorda e pede à aia que vá buscar a criança. Quando se encontra sozinha, retira um punhal do baú. Para recuperar a sua honra, resta-lhe imolar-se através da cerimónia dos seus a antepassados: o hara-kiri. E num hino pleno de dramatismo e dor, a sua alma parte.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Quando..."



Quero partilhar convosco este maravilhoso arranjo de um poema de Sophia que encontrei no Youtube.A música e as imagens associm-se ao texto provocando uma amálgama de emoções. Desfrutem!