Sonhos perfeitos
Na penumbra branda
Permanece solene o pranto
De prata paramentado
Presto, prendo os sonhos
À pérgula que no meu peito
plantaste
Prestes a perderem-se de tão
perfeitos
Retorna o canto que precede
A transmutação dos prados pardos
Pressinto o seu pulsar primordial
Subterrâneo e secreto
Meus passos ora entrelaçados
Perdem-se entre os pés das prímulas
E penetram a terra tenra e terna
Rompem dos pulsos ramos aéreos
Repouso sereno da conversa dos
pássaros
Desprendem-se as pálpebras pesadas.
Do sonho privada, parto para o
pesadelo
Assim é o preço dos sonhos
perfeitos.
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