Caminha
Na
manhã cálida e clara
Pela
alameda
Sob
a pérgula de lilases.
Vagueiam-lhe
Pelas
costas
Os
negros cabelos
Brincam-lhe
no rosto
Sob
a brisa branda
Bailarinas
farripas
Transparecem
Sob
a camisa de bretanha
Que
rasa o chão
E
se abre em leque
Rodeando-lhe
o compasso
Suas
longas pernas
Caminha
Absorta
na canção
Que
lhe baila nos lábios
Desvela-lhe
o sol
Suas
doces transparências
Acompanham-lhe
A
cadência dos passos suaves
Os
seios soltos e ligeiros
Assentam
Sobre
o tapete relvado
Alegres
os pés
Breves
e descalços
Rodeia-lhe
Um
bracelete
De
campainhas bravas
O
pulso
Aconchega
De
encontro ao peito
Um
braçado silvestre de boninas
Oh!
Meu débil coração!
Que
por tão efémero
Prazer
congeminas
Ser,
num ai ligeiro,
Esse
inseto
Que
pousa prazenteiro
No
branco braçado de boninas!
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