Ele adorava comer. Comia de tudo, e nada lhe fazia mal. As análises dele estavam sempre impecáveis. Eu, cuidadosa com aquilo que comia, e os problemas com o colesterol, diabetes e estômago não me davam tréguas. Estava velha, esgotada e doente e, por isso, fui sugerindo um jantarzinho leve, uma sopinha, uma fruta…Que não, que não ficava satisfeito. E continuava a enfardar, a enfardar, o que tinha no prato e, muitas vezes, também o que eu deixava por comer, ou prevenindo futuras indisposições, ou por falta de apetite.
Um dia esmerei-me especialmente a fazer o jantar. Ah! E juntei uma gotinhas de veneno no arroz de pato. Coisa pouca. À hora da refeição, provei, e avisei-o:
— Há alguma coisa que não está bem. O odor… por favor, não comas!
Eu agarrei na travessa e corri com ela para o lixo. Ele agarrou-me a mim e tirou-me a travessa da mão.
Sentei-me à sua frente, enquanto ele devorava o conteúdo da travessa. Entre duas garfadas, atirou-me:
— Quem não é para comer, também não é para trabalhar!
Acabei de chegar do cemitério. Coitado! Quem havia de dizer que a gula ainda havia de o matar!
:)) Essa safada da Gula que se ponha a pau, que a polícia anda em cima dela! Até eu fui vítima... mas escapei a tempo. :)
ResponderEliminarp.s. Só uma notazinha... por acaso não considerarias moderar antes os comentários, e eliminar a necessidade de copiar aquelas letras indecifráveis e intimistas??? Please? Agradecida... Beijo
Eva:obrigada pelo comentário.A dona Gula tem devastado muitos cidadãos.Pena que ainda não tenha atingido alguns políticos,aqueles tais que comem tudo e não deixam nada... Quanto ao que pedes, não sei como se faz uma coisa dessas!Eu não nasci com o ship incorporado como esta malta nova,para quem as novas tecnologias não têm segredos!Sorry!Mas prometo que vou ver se há alguma alma caridosa que me explique.
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